domingo, 26 de julho de 2009

Pluralismo Religioso Evangélico Moderno.



Matéria de capa do Jornal O Tempo – ano 13 – Número 4606 – Domingo, 26/07/2009, trouxe uma reportagem sobre a diversidade de rumos que a igreja Moderna ou pós-moderna vem sofrendo para se adaptar ao estilo de vida das pessoas.

Textos introdutórios da reportagem na capa:


FENOMENO: Surgem cada vez mais templos para públicos específicos, como roqueiros e surfistas.


“Tribos de jovens descobrem a religião – Para especialistas, igrejas têm que se adaptar para falar a língua das novas gerações”.



Segue abaixo resumos dos textos da reportagem.



Jovens tatuados, com piercings, roupas extravagantes e som alto, em ritmo de rock. Esse é um dos novos templos religiosos voltados para o público jovem, a Caverna de Adulão. Há também igrejas para surfistas, lutadores de jiu jitsu e outras “tribos”. Para antropólogos, esse é um fenômeno contemporâneo, em que a religião precisa se adaptar ao momento. Segundo os fundadores e freqüentadores desses templos, o importante é disseminar a palavra de Deus em uma linguagem atraente para os jovens.


Quando a Igreja Católica surgiu, no primeiro século depois de Cristo, a religião era vista de uma forma muito conservadora pela sociedade. No Brasil, a tradição da fé católica perdurou, até o século XIX, era a única reconhecida oficialmente.


Atualmente, com o crescimento dos evangélicos no país, surgem templos para as mais diferentes tribos urbanas, que vão dos adeptos do heavy metal aos lutadores de jiu jitsu e surfistas.


De acordo com a antropóloga e professora da (UFMG) Léa Freitas Perez, o surgimento dessas novas igrejas é uma expressão religiosa de um fenômeno cultural contemporâneo. É o chamado pluralismo da religião. “A religião, como qualquer outro elemento da cultura, precisa se adaptar ao tempo. Isso é importante para o fortalecimento da crença. As igrejas tradicionais perdem fiéis porque não se adapta as mudanças do tempo”, explica.


A Caverna de Adulão, que, desde 1992, funciona em Belo Horizonte. “A Caverna surgiu da necessidade de se compartilhar a mensagem do evangelho com uma geração de jovens que era rejeitada nas igrejas oficiais por questões culturais”, explica o pastor Geraldo Luiz da Silva.


É entre os evangélicos que surgem as propostas de igrejas flexíveis. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, uma prancha de surfe virou púlpito para uma igreja descolada: a Bola de Neve.


A diversidade de igrejas mostra que a religiosidade e nômade. “As igrejas que mais tem sucesso são aquelas receptivas, festivas, que não exigem uma exclusividade dos fiéis”, diz a antropóloga Léa Perez.


A matéria ainda fala sobre uma escola em Uberlândia (EPI – Escola Plantadores de Igrejas) que formam pastores de quaisquer “tribos”, com aulas presenciais e até pela internet.


Diante de um universo recheados de tribos urbanas, um grupo de lideres evangélicos se reuniu com um propósito: promover o treinamento de pessoas interessadas em abrir uma igreja para compartilhar o evangelho com novas gerações, através de uma linguagem adaptada a esse público jovem. Dessa forma, surgiu em 2005 a Escola de Plantadores de Igrejas (EPI).


Segundo o coordenador da EPI, pastor Rafael Daher Machado, o conteúdo das aulas pode ser acompanhado presencialmente, pela internet ou através da aquisição de um DVD. Entretanto, Rafael Machado afirma que existe um pré-requisito para ser ingressar no curso, o aluno precisa ter a indicação de um pastor. “Esse requisito é fundamental por que toda igreja tem uma história. Precisamos saber de onde esse aluno está vindo”, esclarece.


Quero chamar a atenção aqui para alguns trechos.


É o chamado pluralismo da religião. “A religião, como qualquer outro elemento da cultura, precisa se adaptar ao tempo. Isso é importante para o fortalecimento da crença. As igrejas tradicionais perdem fiéis porque não se adapta as mudanças do tempo”


A igreja se adaptou tanto aos nossos dias de materialistas que vivemos buscando um Deus “papai Noel” que faz de nossos dias todos de natal, na finalidade de sempre nos dar algo.


Até os líderes renomados estão se adaptando a era fast-food gospel. Basta enviar um torpedo do seu celular custando apenas R$ 9,99 para determinado número, que você vai receber duas vezes por dia palavras de vitória “inteiramente grátis”. Basta você contribuir com R$ 150,00 que você estará cobrindo minha retarguada contra o inimigo que me ataca. (E olha que nem estou falando da IURD).


É entre os evangélicos que surgem as propostas de igrejas flexíveis.


São também entre os evangélicos que surgem as maiores opressões, os maiores safados, os pastores que fazem das ovelhas inocentes em escravos acorrentados a uma eterna prisão.


Isso vai durar até quando?????

2 comentários:

  1. Lindo,ficou mto legal a nova cara do blog...vc continua com temas mtos pertinentes e interessantes...Que Deus te ilumine.Abraçao

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  2. Na verdade não se sabe mais o que é evangelho. Tudo virou comercio. Tudo agora é feito para o homem. Culto a Deus? Isso é coisa medieval. Hoje quem tem que se sentir bem é o ser humano, por isso tantas igrejas, tantas doutrinas, tantas baboseiras e tanta gente sem compromisso e sem identificação, sem historia e sem passado. Por isso cada dia me sinto fora desse circulo de interesses diversos, e consequentemente tenho me sentido mais livre e mais perto de Deus.

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