domingo, 1 de fevereiro de 2009

DESABAFO.


Já faz algum tempo, já se vão cinco ou seis anos que deu um branco na mente na busca pelo Eterno. Esqueci os chavões, as palavras mágicas e como se ora com voz imponente, desaperfeiçoei o costumo de falar em público, errei o caminho das pedras e desaprendi a fórmula milagreira. Sofri e chorei desesperadamente por não ter ninguém que me desse um norte. Foi bizarro, medonho (as trevas parecem muito mais densas quando se esta sozinho).


Neste tempo torturei a mente em busca de repostas, (mas como é difícil enxergar na escuridão), praguejei contra os céus, manipulei o meu ser e me tornei alguém que às vezes nem sei. Tornei-me mais critico, desconfiado, atencioso, bondoso e maléfico. Como Ricardo Gondim disse em um dos seus textos: "A maldade dos outros é mínima; sou pior. Os erros dos outros, irrelevantes; sou pior"


Destruí minhas crenças e os dogmas empurrados goela abaixo pela religiosidade e partir rumo ao desconhecido; perambulei a deriva em meio aos diversos caminhos que surgiu – Subi montes e desci abismos, corri em direção ao que julguei certo e apenas consegui descobrir o que é ortodoxia, acreditei na direção que as pessoas me apontavam; quebrei à cara.


Comecei então a olhar as pessoas de um ângulo diferente, comecei olhá-las do ângulo de baixo, da posição inferior; aprendi a andar com elas, aprendi admira-las; descobri que pode haver muita bondade e misericórdia em pessoas que eu julgava não merecedoras da Graça.


Hoje não dá! Não consigo mais conviver com as celebridades gospel, a verdade é que não consigo nem olhá-las, tenho repugnância em participar dos shows e ver apenas mãos levantadas pelo frenesi psicológico, não existe mais desejo em mim para adorar os que estão encima do púlpito, não suporto mais encarar a prosperidade em demasia e permanecer imóvel, tenho ódio dessa teologia da prosperidade que só traz miséria e morte, não consigo ouvir pregações que trazem o julgo e o fardo pesado, estou farto das pregações de auto-ajuda.


Prefiro, hoje, os pecadores; enjoei dos santos, prefiro os pequeninos; os grandes só me trouxeram o fardo.


Busco as coisas ínfimas...


Busco o Evangelho puro simples e coerente que foi pregado por Jesus...

5 comentários:

  1. Doce solitude, a busca constante, mas desanimadora pela falta de resposta, o silêncio... Só minha voz no quarto, e minhas idéias sempre tortas. Não sei mais como orar, não sei salmodiar como antigamente, a culpa me consome, estou só. Meus olhos se enchem de lágrimas, sofro com minha teimosia, minha falta de fé, minha covardia. Preciso acordar novamente nas madrugadas, só para pensar no meu Amado, ler suas palavras, sentir a esperança, retomar as lembraças que tanto me apaixonaram. Sofro sem Ele. Sofro demais...

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  2. Assim como vc amigo, tenho dúvidas demais, não consinto mais com menos do que já experimentei. E experimentei tão pouco! Quero voltar a ir nos montes, voltar a estar mais com Ele, voltar, voltar... Como é difícil servi-lo nesse caos que nos oprime, que nos leva a querer tantas coisas supérfluas. Sonho com o futuro, sonho que ainda posso fazer algo para alegrá-lo.

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  3. Excelente texto. Faço minhas as suas palavras.

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  4. cara muito bacana seu texto, vamo ver até quando essas celebridades vão durar

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  5. Ainda bem que cada um individualmente prestara contas para Deus de seus atos, seja astros gospel, astros mundanos, simples, soberbos, poderosos, zé ninguens como eu...
    ai de nós!!!

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